Coronavírus- Uma realidade em nosso Estado

Coronvírus

 

No estado de São Paulo a transmissão comunitária do Coronavírus já é uma realidade.

Citaremos aqui o que você deve saber para se proteger da contaminação e disseminação da pandemia vigente.

Como ocorre a disseminação do vírus:

  • Através da dispersão de gotículas expelidas pela tosse ou espirro
  • O vírus pode sobreviver até nove dias em meios que propiciem a sua sobrevivência
  • As mãos em contato com meios contaminados é a forma de contaminação
  • Lave as mãos com água e sabão para evitar a disseminação do vírus, ou na impossibilidade desinfecte as mãos com álcool gel
  • Aspersão do vírus de forma direta através das gotículas emanadas da tosse ou espirro, ou contaminação pelas mãos contaminadas em contato com mucosas (olho, boca) é a forma de contaminação. Lave as mãos ou use álcool gel
  • Evite aglomerações ou exposição em meios onde o vírus pode estar presente
  • Se estiver com quadro gripal (tosse, coriza, dores no corpo) não se preocupe se a febre não for persistente e inferior a 38C, use analgésico, antitérmicos, permaneça em repouso em casa, evite contaminar outras pessoas, use máscara para evitar a disseminação do vírus não importa se (influenza ou corona vírus)
  • Em caso de febre persistente acima de 38C, tosse produtiva com quadro de secreção muco purulenta, ou quadro de dificuldade respiratória é quando você deve procurar o serviço de emergência hospitalar
  • Ao tossir ou espirrar, evite levar as mãos à boca. Utilize o antebraço ou cotovelo para evitar a dispersão do vírus. A disseminação do vírus ocorre pelo toque de superfícies contaminadas e/ou pelas mãos após o toque em mucosas como olhas, boca e nariz, sem desinfecção adequada após com água e sabão ou álcool em gel

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  • Não procure os serviços de emergências do Hospital com quadro gripal banal. Cerca de 80% dos casos de infecção por Corona vírus evolui com um quadro de gripe simples, não sendo necessária a identificação do agente etiológico. Evite disseminação da infecção, PERMANEÇA EM CASA!

 

covid clinica

Dr. José Francisco Gonçalves Filho– Ginecologista e Obstetra. Fundador da Clínica Gonçalves.

 

Outubro Rosa

Design sem nome

 

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente na mulher adulta, representando 25% dos tumores malignos que afetam o sexo feminino. Em nosso meio é esperado diagnosticar um a dois novos casos da doença ao mês.

O padrão ouro para o seu rastreamento e prevenção é a realização da mamografia, a qual deve ser feita anualmente após os 40 anos de idade. A prevalência da doença é maior entre 45 a 55 anos e a sua incidência aumenta com o envelhecimento.

Após os 55 anos e em mamas bastante substituídas, com pouco tecido fibroglandular, o exame pode ser realizado a cada dois anos.

Isso se deve ao fato de que, nesses casos, caso seja diagnosticado um tumor, geralmente ele apresenta um crescimento muito lento- para se ter uma ideia, do início da doença ao diagnóstico de um tumor do tamanho de uma ervilha, o tempo transcorrido é de cerca de 5 anos. Além disso, toda vez que a doença é diagnosticada em sua fase inicial, ela não costuma estar disseminada para o restante do corpo e, assim, a cirurgia necessária para a retirada do tumor é a de menor porte (quandrantectomia), bem como a remoção de toda a mama não é necessária.

Entretanto, no caso de tumores maiores que um centímetro é comum a presença de células tumorais disseminadas para fora do território mamário. O tratamento deve ser complementado com quimioterapia e/ou radioterapia, além da cirurgia.

Embora a mamografia seja o padrão ouro para rastreamento da doença, até 15% dos tumores deixam de ser diagnosticados por este método, sendo necessário empregar outros exames para complementação diagnóstica.

O diagnóstico definitivo é feito através de exame de biópsia (anatomopatológico), que pode ser guiada pela ultrassonografia da mama, ou pela mamotomia em caso de lesões muito pequenas.

Toda doença costumar ser precedida por sinais ou sintomas. Os mais prevalentes na doença mamária são:

  • alteração da textura da pele, como o aparecimento de vermelhidão ou processo inflamatório. A pele pode apresentar textura parecida com a casca de laranja
  • alteração na estática mamária, ocasionando retração do mamilo
  • abaulamento ou aumento de volume da mama

 

A descarga mamária espontânea é outro sinal que pode estar presente (secreção saindo do mamilo), sendo que a de aspecto de água de rocha ou sanguinolenta é a que geralmente está associada à neoplasia; as de cor esverdeada, amareladas ou leitosas estão associadas à patologia benigna da mama.

O aparecimento de nódulo ou caroço na mama é outro sinal que pode estar associado à neoplasia, sendo que geralmente são indolores e fixos, crescem em profundidade, podendo levar ao aparecimento de gânglios (ínguas) na região axilar, para-esternal ou cervical.

Na fase inicial, a neoplasia não causa dor mamária, sendo que este sintoma geralmente está associado a desordens hormonais ou alimentares, as quais levam à retenção hídrica, principalmente no período pré-menstrual, aumentando o volume da mama e causando dor.

A prevenção primária da doença se dá com a gestação em idade oportuna e o aleitamento materno que induzem o amadurecimento mamário e diminuem a incidência da doença, assim como praticar atividade física regular e manter o peso adequado.

Os fatores que podem aumentar a incidência da doença são: história familiar de câncer de mama, menarca precoce e menopausa tardia, nuliparidade, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, exposição à radiação ionizante desnecessária (R-X, tomografia, etc.).

Vamos comemorar o Outubro Rosa com sabedoria!

Vá ao seu Ginecologista e não deixe de levar aquelas pessoas que você ama também.

 

Dr. José Francisco Gonçalves Filho– Ginecologista e Obstetra. Fundador da Clínica Gonçalves.

 

 

Menopausa

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A Terapia Hormonal é o mais efetivo tratamento para os sintomas vasomotores; para a síndrome gênito-urinária, responsável por dor nas relações sexuais e sintomas urinários; assim como para a prevenção de fraturas secundárias à osteoporose que pode se instalar após a menopausa, com a perda acentuada de massa óssea devido à queda hormonal.

Os riscos da Terapia Hormonal depende do tipo, dose, duração, via de administração, sendo que a mesma deve ser iniciada dentro da chamada janela de oportunidade, nas pacientes que não apresentem contraindicação para seu uso. Sendo que o tratamento deve ser individualizado, visando obter os máximos benefícios com os mínimos riscos, para tanto é necessário reavaliações periódicas.

Os sintomas vasomotores estão associados à diminuição da qualidade do sono, irritabilidade, dificuldade de concentração, perda da memória e redução da qualidade de vida.

A síndrome gênito-urinária apresenta-se com ressecamento vaginal, diminuição da lubrificação, dor ao coito, diminuição da libido, perda do interesse sexual, adelgaçamento da mucosa vaginal, perda de colágeno, podendo associar-se a quadro de urgência urinária (aumento da frequência do número de micção) e até mesmo  à  incontinência urinária, com quadro de dor à micção e quadros de infecções urinárias de repetição.

A osteoporose pode se instalar após a menopausa, pois a diminuição hormonal acelera a perda de massa óssea, e quando esta atinge a cifra de 30% ou mais, a osteoporose se instala e os riscos de fraturas ósseas de coluna e fêmur aumentam. A fratura espontânea de coluna faz com que ocorra uma diminuição da estatura, aumento da curvatura da coluna, acentuada lordose e cifose, deixando o abdômen protuso.

 

A sarcopenia é uma condição que pode se instalar em uma fase mais avançada da vida, caracteriza-se pela perda progressiva e generalizada da massa e força muscular esquelética. Os seus sintomas são: sensação de peso ou rigidez nos membros, mudança na forma de andar com redução da velocidade dos passos, incapacidade de subir escadas, pentear cabelos…

Após a menopausa, com a redução hormonal, ocorre uma redistribuição da gordura corporal. Ocorre um aumento da deposição de gordura abdominal, fazendo com que a mulher perca cintura e adquira a configuração masculina. Assim sendo, ocorre a perda da silhueta feminina de forma de pera e a aquisição da configuração em forma de maçã. Este fator é responsável pelo aumento do risco de doenças cardiovasculares e de diabetes.

 

gordura

 

Com o progredir da idade os riscos de doenças degenerativas (demência senil, Alzheimer), de doenças cardiovasculares (hipertensão, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca) e da incidência de câncer (mama, útero, ovário, intestino, pulmão) são maiores.

A Terapia Hormonal não é a pílula magica da longevidade. Uma mudança do estilo de vida precisa ser implementado, com alimentação adequada, controle do ganho de peso, realização de atividade física regular, para manter a musculatura e os ossos em perfeito equilíbrio,  diminuindo assim a perda de massa óssea.

A Terapia Hormonal pode e deve ser empregada em pacientes que apresentem sintomatologia de menopausa e que não tenham contra-indicações para o seu uso.  Nestes casos, uma terapia alternativa pode ser instituída, embora haja remissão dos sintomas em uma menor proporção.

Dr. José Francisco Gonçalves Filho– Ginecologista e Obstetra. Fundador da Clínica Gonçalves.

12 de Abril- Dia do Obstetra

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12 de abril: Dia Do Obstetra

Obstetra é uma palavra que vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, o obstetra é o médico que fica do lado para acompanhar e ajudar.

O médico obstetra é um profissional que aconselha e acompanha a mulher antes da gravidez, durante a gestação, durante o parto e também no pós-parto. Assim, o obstetra acompanha a saúde da mãe e do bebê durante todo o processo, ajudando a prevenir e tratar eventuais problemas de saúde para qualquer um dos dois, intervindo quando necessário para preservar a integridade de ambos.

A atuação do obstetra começa bem antes do parto, portanto, toda mulher que deseja engravidar deve procurá-lo o mais cedo possível para que se possa identificar e sanar prováveis riscos à gravidez e à gestante.

Assim que é descoberta a gravidez, iniciam-se as consultas de pré-natal que são, na grande maioria das vezes, consultas preventivas e educativas. Falar e ouvir são as mais importantes funções do obstetra. Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais e ultrassonografias que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança. A assistência do pré-natal bem estruturada pode promover a redução dos partos prematuros, de crianças com baixo peso ao nascer, de complicações de hipertensão arterial na gestação, bem como da transmissão vertical de patologias como o HIV, sífilis e as hepatites.

Além disso, é importante perguntar sobre os incômodos comuns da gravidez, como azia, queimação, excesso de saliva, fraqueza, dor abdominal, cólica, corrimento vaginal, hemorroidas, dificuldade para respirar, sangramento das gengivas, dor nas costas, varizes, cãimbras e trabalho durante a gravidez, esclarecendo todas as dúvidas da gestante e oferecendo as soluções necessárias.

A gravidez representa um dos momentos de maior ansiedade e de grandes mudanças na vida da mulher e, um diálogo claro, procurando eliminar suas dúvidas e seus anseios partoé muito importante para o acompanhamento de pré-natal. Procure sempre que possível indicações, principalmente entre os familiares e considere a empatia como um fator importante. Seu obstetra vai ser seu cúmplice, seu amigo, participando de um grande momento da sua vida e da formação da sua família.

Dra. Francine Zacarias Gonçalves- Ginecologista e Obstetra

Março Amarelo

MArço Amarelo

No mês de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher e junto a isso é também o Mês de Conscientização da Endometriose. Aproveitando essas datas, chamamos a atenção para os cuidados com a saúde da mulher.

Calcula-se que, em todo o mundo, 176 milhões de mulheres sofram com a endometriose. É como se quase a população inteira do nosso país fosse formada por mulheres com o problema. Apesar de serem muitas as afetadas, conseguir um diagnóstico ainda é um desafio comum à maior parte delas. Um estudo feito nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália calculou em 9,28 anos o tempo que se leva desde o surgimento da doença até o diagnóstico.

Metade desse período (4,67 anos) costuma ser o tempo que a própria paciente leva até buscar ajuda médica. A outra metade geralmente é gasta de médico em médico, de exame em exame, até ser realizado o diagnóstico correto.

1)  O que é endometriose ?

endoPedaços do revestimento do útero (endométrio) migram para fora dele e ficam incrustados em outros tecidos abdominais. Exemplificando melhor: o sangue que deveria ser expelido pela vagina, migra para outras regiões do corpo.

Todo mês, quando o estrogênio e outros hormônios induzem um espessamento do revestimento uterino, essas células externas também se expandem. O revestimento uterino descama normalmente. Entretanto, as células deslocadas não têm um local para liberar o sangue acumulado e, com isso, são gerados cistos, cicatrizes ou aderências.

2) Quais os sintomas da endometriose?

A endometriose pode ser assintomática.

Quando os sintomas aparecem, merecem destaque:

dismenorréia — cólica menstrual que, com a evolução da doença, aumenta de intensidade e pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;

sangramento menstrual muito intenso, frequentemente com grandes coágulos;

dispareunia — dor durante as relações sexuais;

dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;

infertilidade.

3) Qual o tratamento da endometriose?

Por se manifestar de diversas maneiras, cada quadro de endometriose deve ser estudado de forma individual para definir a melhor linha de tratamento. A suspeita diagnóstica é, em um primeiro momento, clínica, baseada nos sintomas e no exame físico, que podem encontrar alterações muito sugestivas da doença. Porém, em muitos casos é necessário realizar exames complementares, como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética, ambos muito eficazes para identificação e localização das lesões da endometriose.

Na Clínica Gonçalves, oferecemos exames que podem auxiliar no diagnóstico da doença, como as ultrassonografias: pélvica, transvaginal e transvaginal com preparo intestinal.

O tratamento é sempre individualizado, de acordo com as queixas e objetivos de cada mulher, incluindo muitas vezes analgésicos e anti-inflamatórios para a dor, além do uso de hormônios para controlar sintomas e lesões. Alguns casos podem necessitar de intervenção cirúrgica, principalmente quando os medicamentos não atingem controle sintomático suficiente ou na presença de massas pélvicas ou de infertilidade.

Isso mostra a importância de se educar tanto as pacientes quanto os profissionais de saúde sobre os sintomas e os métodos de diagnóstico da endometriose, uma doença que, além de muita dor, pode levar à infertilidade. Se todos estiverem atentos aos sinais dados pela doença, é possível descobri-la muito mais rapidamente, tornando o tratamento muito mais efetivo. Por essa razão, foi criado o mês de conscientização sobre a endometriose.

 

Dra. Francine Z. Gonçalves- Ginecologista e Obstetra