Uma das maiores dúvidas das mães, nas consultas de pré-natal, é: “Será que meu filho está bem?!?”.
Hoje falarei um pouco sobre o assunto, abordando quando e por que devemos realizar esta investigação.
A avaliação da Vitalidade Fetal é essencial para proporcionar melhores condições de saúde ao bebê, ainda na barriga da mãe.
As provas são indicadas em diversas situações nas quais há risco de deterioração da oxigenação do feto.
Didaticamente essas situações são divididas em três grupos: doenças maternas, anomalias fetais e intercorrências da gestação.
Diante destes casos podemos ter hipóxia intrauterina (falta de oxigênio) causando sofrimento fetal e em alguns casos sequelas neurológicas irreversíveis.
Já o quadro de sofrimento fetal pode ser dividido em agudo e crônico.
O sofrimento fetal agudo é um distúrbio de oxigenação que ocorre durante o trabalho de parto, no qual outros fatores etiológicos determinam rápida queda da oxigenação fetal, com aparecimento de mecônio que aumenta progressivamente de espessura a medida que a anóxia se acentua, desencadeando alterações na frequência dos batimentos do coração do bebê.
Na fase inicial – compensada- o feto responde com a aceleração dos batimentos do coração já, numa fase mais adiantada onde a anóxia é mais intensa; aparece a redução dos batimentos cardíacos, a chamada bradicardia fetal.
Essas alterações podem ser detectadas pela Cardiotocografia, pela Ultrassonografia com o Perfil Biofísico Fetal e com a Dopplervelocimetria*.
Fig.1: Imagem demonstrando a Cardiotocografia- exame rápido, não invasivo e indolor que mede a frequência do coração do bebê e pode avaliar se está o ocorrendo Sofrimento Fetal.
Por outro lado, o sofrimento fetal crônico é definido como o distúrbio de oxigenação que ocorre durante uma gestação de alto risco, em que fatores etiológicos promovem alterações que culminam com déficit da oferta de oxigênio aos tecidos fetais.
A principal causa de sofrimento fetal crônico é a insuficiência placentária crônica, que ocorre, por exemplo, em gestantes com hipertensão e retardo idiopático do crescimento intra-uterino (CIUR).
Nesses casos, há diminuição da nutrição, que leva a CIUR, com diminuição da oferta de oxigênio para o feto e consequente hipóxia.
A Vitalidade Fetal pode ser analisada sob diversos parâmetros entre as quais estão: registro diário da movimentação fetal registrado pela gestante- uma hora após as refeições -Cardiotocografia, Ultrassonografia com o Perfil Biofísico Fetal e com a Dopplervelocimetria*.
Na suspeita de que algo de errado ou de diferente esteja ocorrendo com o seu bebê procure o seu Obstetra. Ele poderá avaliar o seu caso e assim, indicar qual o melhor exame para avaliação da Vitalidade Fetal.
Dúvidas ou sugestões? É só deixá-las abaixo ou pelo Facebook da Clínica http://www.facebook.com/clinicagoncalvessr.
Até Breve!
Dr. José Francisco Gonçalves Filho– Ginecologista e Obstetra. Fundador da Clínica Gonçalves.
*A Clínica Gonçalves dispõe de todos os exames citados acima.