Como tratar Sinusite?

Olá, tudo bem com vocês? Eu espero que sim!

Estamos num momento muito crítico para àquelas pessoas que têm problemas respiratórios.

Sim. Leia-se aqui todas as “ites”: rinites, sinusites, bronquites (asma)…

O clima frio e seco associado à amplitude térmica, dias que mudam rapidamente do quente para o frio e vice-versa, são nocivos para as nossas vias aéreas.

Então, decidi falar dessa vez sobre a Sinusite.

Bora lá?

1) É errado dizer: “Eu tenho Sinusite”?

Errado não, a depender do que você quer dizer com isso.

Existem as Rinossinusites Agudas Virais, o famoso resfriado comum.

Existem também as Rinossinusites Alérgicas, aquelas que popularmente chamamos de Rinite ou Sinusite.

Hoje preferimos utilizar o termo Rinossinusite, pois a via aérea, nariz e seios da face, são um continuum.

Logo, quando alguém diz que “tem” Sinusite, provavelmente está falando da Rinossinusite Alérgica.

E, por fim, existem as Sinusites, ou melhor, Rinossinusites Agudas Bacterianas.

E será sobre elas que falarei hoje!

2) Péra aí um pouquinho… Seios da face? Não estou entendo nada!

Quando falamos da Sinusite, estamos falando de uma inflamação/infecção dos seios da face.

Os ossos do crânio possuem pequenos espaços por onde o ar passa antes de ir para os pulmões.

Estes buraquinhos são os seios da face.

Ar passando pelos seios da face

O ar, ao passar pelos seios da face é filtrado, aquecido, muda seu fluxo e velocidade para então descer aos pulmões.

Costumo brincar que os seios da face são uma espécie de filtro e eles também têm a função de nos proteger de infecções.

Os seios da face

PARTE IMPORTANTE!!!

As crianças não nascem com todos os seios da face abertos. Eles vão se abrindo ao longo dos anos e terminam a sua pneumatização (abertura) no final da adolescência.

GRAVEM ISSO!

3) Como alguém adquire uma Sinusite?

A Sinusite Bacteriana costuma ser uma complicação de um resfriado em 80% das vezes e, em até 20 % delas, uma complicação de uma alergia.

Os seios da face com a inflamação/secreção acabam sendo um local propício para o crescimento e proliferação de bactérias.

A Sinusite Bacteriana, bem como a Otite Média Bacteriana e a Pneumonia Bacteriana são possíveis complicações de um resfriado comum.

São fatores de risco também:

Alerta: Uso prolongado de corticoide! Cuidado com o uso rotineiro de Prednisolona, Betametasona, Dexametasona e afins, sem a avaliação médica.

4) Como é feito o Diagnóstico?

O diagnóstico é eminentemente CLÍNICO!

Pensando em crianças, diante de um quadro de resfriado comum, o esperado é a melhora em 7-10 dias, eventualmente 2 semanas.

Quando uma criança apresenta um quadro de resfriado prolongado, que ao invés de melhorar, parece que piora depois da primeira semana, associado à presença de um novo quadro febril (lembrem-se resfriados comuns podem causar febre nas primeiras 48-72h), secreção amarela ou purulenta, tosse noturna (devido à descarga nasal posterior, ou seja, lá no fundo da boca quando se deita)… Devemos pensar em um quadro de Sinusite Bacteriana.

Pode haver mal-hálito também e dor referida em pressão nos ouvidos.

No entanto, a dor de cabeça, principalmente à compressão dos seios da face é mais comum em adultos. Nos adultos também, é menos comum (cerca de 50% das vezes apenas) a presença de febre.

Sintomas de Sinusite

5) E não precisa fazer Raio-X???

Não! Um categórico NÃO aqui!

Primeiramente, vamos lembrar que os seios da face não estão completamente abertos, nas crianças.

Logo, a radiografia não será um bom exame para conseguir avaliar uma estrutura que ainda nem está formada…

Formação dos seios da face

Segundo que, mesmo em adultos, a radiografia é controversa. Ela nem sempre tem a sensibilidade ou a especificidade adequada para a confirmação ou exclusão do diagnóstico.

O exame Padrão Ouro seria a Tomografia de Crânio. Mas obviamente que ela não é feita de rotina. Ela se destina para casos de complicações ou dúvida/resistência ao tratamento.

A Nasofibroscopia também é uma ótima opção. É um exame de imagem (câmera rígida ou flexível), mas só é encontrada em serviços especializados que disponham de Otorrinolaringologistas.

Mas acreditem, o diagnóstico continua sendo CLÍNICO, na imensa maioria das vezes, a partir da história clínica e exame físico do paciente.

6) E o tratamento?

O tratamento base e prevenção da Sinusite Bacteriana continua sendo a boa e velha lavagem nasal!

Sim!!! Acreditem nela 🙏🏻.

Tenho uma postagem apenas sobre isso, confira: https://clinicagoncalves.com/2023/12/11/como-fazer-lavagem-nasal/ .

Além disso, a umidificação do ar, inalações com soro fisiológico e evitar a exposição aos alérgenos ajudam e muito.

Perceberam que citei sobre os corticoides acima?

Sim, herói ou vilão?

Depende!

Diante de um quadro base alérgico, ele pode ser utilizado preferencialmente de forma tópica (spray nasal) e, eventualmente, em forma oral (xaropes, gotas e comprimidos).

Entretanto, seu uso rotineiro na apresentação oral (Prednisolona, Betametasona ou Dexametasona) pode ser um fator de risco para a Sinusite…

Cuidado com o seu uso rotineiro e sem prescrição médica!

7) E os antibióticos?

Sim, claro!

Diante de um caso de Sinusite Bacteriana o tratamento compreende o uso de antibióticos.

Assim como as Otites Médias e as Pneumonias Bacterianas, os principais agentes causadores são o Pneumococo e o Hemofílos do Tipo B, os quais já temos vacinas públicas e privadas para a prevenção (também falei delas aqui: https://clinicagoncalves.com/2023/10/26/a-nova-vacina-de-pneumococo/, confira).

“Tá e daí?!?”

Daí que o tratamento Padrão continua sendo o mesmo: as penicilinas!

A escolha número 1 é a boa e velha Amoxicilina.

Opções para crianças que receberam tratamento recente com ela, seria a própria medicação em dose dobrada (geralmente as bactérias que causam sinusite não possuem resistência), ou a associação com Clavulanato ou a Cefuroxima.

Tratamentos alternativos com a Azitromicina ou a Claritromicina não são a primeira escolha e só devem ser reservados para pacientes alérgicos às penicilinas.

8) Por quanto tempo?

O mínimo de tratamento para uma Sinusite Bacteriana são 10 dias.

Eventualmente, o tratamento pode ser extendido por 14-21 dias.

A escolha do antibiótico e o tempo de tratamento corretos são cruciais para a melhora clínico e, também, para se evitar resistência bacteriana e reinfecções.

Bem,

Acho que é isso!

Ficaram dúvidas? Então é só deixá-las abaixo que eu respondo.

Até a próxima!

Nós vemos em breve.

Dr Vinícius F. Z. Gonçalves- Pediatra e Neonatologista

CLÍNICA GONÇALVES- Deixa a nossa família cuidar da sua!

Fontes:

  1. Imagem 1 Ar e Seios da Face. Link: https://felippefelix.com.br/blog/cirurgia-dos-seios-da-face-sinusectomia/
  2. Imagem 2 Seios da Face. Link: https://felippefelix.com.br/blog/cirurgia-dos-seios-da-face-sinusectomia/
  3. Guideline IVAS- Infecções de Vias Aéreas Superiores- Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial. Link: https://aborlccf.org.br/wp-content/uploads/2023/01/guidelines_completo_07.pdf
  4. Sociedade Brasileira de Pediatria- Dezembro 2023. Link: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/sinusite-nas-criancas/

Pneumonia: TUDO o que você precisa saber

Olá! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim.

Depois de um longo e tenebroso inverno, cá estou. E venho trazer um dos temas que mais assusta os pais e que mais me perguntam também: a Pneumonia.

Bora no nosso tradicional bate-bola?

1) O que é Pneumonia?

A Pneumonia é uma doença inflamatória dos pulmões. Geralmente, causada por agentes infecciosos como vírus, fungos e bactérias.

2) É comum e também muito grave “pegar” Pneumonia?

A resposta é sim e depende, respectivamente.

A Pneumonia é a principal causa de morbidade (doença) e de mortalidade em crianças menores de cinco anos em todo o mundo!!! Ou seja, ela é comum.

No entanto, para tranquilizar aqui quem está lendo esse texto, eu sempre digo que é improvável/impossível que seu filho ou você acordem de um dia para o outro com Pneumonia.

Ela é uma doença arrastada- em muitos lugares que você for ler/procurar refere-se como um quadro de gripe ou resfriado “mal tratados”.

Portanto, a pneumonia PODE ser grave. A depender da sua evolução, da idade do seu filho e de possíveis comorbidades que ele possua.

E, apesar de não concordar muito com a parte do “mal tratado”, como se a culpa fosse dos pais por não cuidarem de forma adequada dos seus filhos; eu vou de encontro com opinião de que a Pneumonia é precedida de um quadro, geralmente viral, de gripes ou resfriados que se arrasta, cursa com febre, tosse produtiva muito cansaço.

Portanto, a pneumonia PODE ser grave. A depender da sua evolução, da idade do seu filho e de possíveis comorbidades que ele possua.

O tema é tão importante que desde 2018 a Sociedade Brasileira de Pediatria tem publicado anualmente atualizações sobre ele, as quais utilizo para escrever esse texto (Fontes abaixo).

3) Como é feito o Diagnóstico?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, com a Atenção Integrada às Doenças na Infância (AIDPI), criaram e disseminaram critérios exclusivamente clínicos para o diagnóstico de Pneumonias em crianças (de 2 meses a 5 anos), com alto grau de sensibilidade.

Basicamente, uma criança com febre persistente, tosse produtiva, sinais de desconforto respiratório- cansaço, como marcações abaixo das costelas, entre elas, na região do pescoço- e/ou taquipneia, respiração aumentada (veja tabela abaixo com os valores de corte para cada faixa etária), já teria critérios para se pensar em um quadro de Pneumonia.

Claro, a história clínica é muito importante.

Uma criança com um quadro arrastado de gripe ou resfriado, com um novo quadro de febre ou febre persistente, cansaço, prostração, sonolência, que não melhoram após o uso de antitérmicos, recusa alimentar extrema… Faz pensar na possibilidade de Pneumonia.

Ainda, no exame físico, a presença de estertores e não sibilos (chiado)- difícil de entender? Explico a diferença entre eles na Live de Maio no meu perfil do Instagram @drvinicius_goncalves– corroboram para o diagnóstico.

O cansaço e a saturação baixa também ajudam a pensar no quadro.

Confira o quadro abaixo:

4) E o Raio-X (radiografia de tórax), não é necessário?

Não!

Todos os artigos- deixo as referências abaixo- são UNÂNIMES: a radiografia de tórax não deve ser realizada em quadros simples como os de gripes/resfriados ou Pneumonias não complicadas, de tratamento ambulatorial (em casa).”

O Raio-x deve ser reservado para os casos graves, que demandem internação, ou nos casos em que não haja melhora a despeito do tratamento.

O exame não é capaz de diferenciar quadros virais de bacterianos. Inclusive, nem mesmo os exames de sangue, como o Hemograma ou PCR/VHS…

Além de tudo isso, cada vez mais é discutido o impacto do número elevado e repetitivo de exames de imagens em crianças, como radiografia e tomografias. Bem como, sua íntima relação no aumento da incidência de cânceres no futuro.

…a radiografia de tórax não deve se realizada em quadros simples como os de gripes/resfriados ou Pneumonias não complicadas, de tratamento ambulatorial (em casa).

5) Quem causa as Pneumonias?

Depende da faixa etária.

Mas observe o quadro abaixo:

Importante pontuar que, em crianças com de 2 meses até 5 anos de idade, os agentes mais relacionados são os VÍRUS!!!

Seguidos das bactérias: Streptococcus pneumoniae (Pneumococo), Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae do tipo B (Hemófilos do tipo B).

6) Como posso prevenir que meu filho “pegue” Pneumonia?

Ótima pergunta!

São fatores de risco:

  • Desmame precoce (antes de 6 meses de idade)
  • Início precoce em creche/escolinha
  • Desnutrição
  • Baixo nível de saneamento/ condições de higiene
  • Tabagismo passivo
  • Comorbidades (doenças pulmonares, cardíacas, anemia falciforme, doenças auto-imunes, imunodeficiência)
  • BAIXA COBERTURA VACINAL

Sim, manter as vacinas do seu filho em dia é um ótimo caminho!

Comentei sobre as vacinas do Pneumococo há uns meses, confira: https://clinicagoncalves.com/2023/10/26/a-nova-vacina-de-pneumococo/.

É possível complementar as vacinas públicas com as vacinas particulares de Pneumococo e Hemófilos, principais agentes que causam Pneumonia bacteriana em crianças.

Mas não se esqueçam, os VÍRUS são os principais agentes que causam Pneumonias e também são eles que geralmente predispõem a um quadro bacteriano.

Portanto, é importantíssimo manter atualizadas as vacinas de Gripe (Influenza) e COVID. E quem sabe, num futuro próximo, a de Bronquiolite (contra o VSR)???

7) E Pneumonia Silenciosa? Morro de medo!!!

Não sei ao certo porque houve esse “BOOM”de anseios, dúvidas e perguntas sobre a chamada “Pneumonia Silenciosa”.

A Pneumonia Silenciosa ou Assintomática, como o nome indica, não cursa com TODOS os sintomas típicos de uma Pneumonia comum.

Entretanto, ALGUM SINTOMA TÍPICO DE PNEUMONIA HÁ DE HAVER.

Sendo assim, pode não haver febre alta ou constante, mas deve haver cansaço, prostração, tosse…

Sinceramente, não encontrei documentos da Sociedade de Pediatria Brasileira abordando sobre o tema.

Quando se faz uma busca na internet, é mais provável que se encontre uma página de notícias comentando sobre a Pneumonia Silenciosa do que uma página médica.

Então para tranquilizar o coração de pais e mães, mesmo que não seja típico, em um caso de Pneumonia, o seu filho terá sintomas mais arrastados, que diferenciem de uma gripe ou de um resfriado. Algum grau de prostração ou cansaço mais persistentes.

E sim, num caso como esse, a avaliação médica de seu Pediatra é crucial!

Então é isso.

Espero que tenha elucidado mais essa.

Dúvidas ou sugestões? É só deixá-las abaixo.

Nos vemos em breve.

Até lá!!!

Dr. Vinícius F. Z. Gonçalves– Pediatra e Neonatologista

CLÍNICA GONÇALVES- Deixe a nossa família cuidar da sua

Fontes:

1) Documento Científico- Departamento Científico de Pneumologia- Pneumonia adquirida na Comunidade na Infância. Julho 2018. Link: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Pneumologia_-20981d-DC-_Pneumonia_adquirida_na_comunidade-ok.pdf

2) Documento Científico- Departamento Científico de Pneumologia-Abordagem Diagnóstica e Terapêutica das Pneumonias Adquiridas
na Comunidade Não Complicadas. Maio 2021. Link: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23054d-DC-Pneumonias_Adquiridas_Nao_Complicadas.pdf

3) Documento Científico- Departamento Científico de Pneumologia- Pneumonia adquirida na Comunidade na Infância- Fevereiro 2022. Link: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/23053i-DC-Pneumonias_Adquiridas_Complicadas.pdf

4) Documento Científico- Departamento Científico de Pneumologia- Pneumonias Adquiridas na Comunidade Complicadas: Atualização 2024- Abril 2024- Link: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24347d-DC_PneumoniaAdquiridas_ComunidadeComplicada-Atualiza2024.pdf

5) Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Fudo das Nações Unidas para a Infância- Manual de Quadros de Procedimentos AIDPI- Brasília 2017- Link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_quadros_procedimentos_aidpi_crianca_2meses_5anos.pdf

A nova vacina de Pneumococo

Olá! Tudo bem com vocês? Eu espero que sim.

Hoje vim falar sobre a nova vacina Pneumo 15-valente (Pneumo 15V) e sobre suas irmãs Pneumo 10V e Pneumo 13V.

Mas antes de começar a falar sobre vacinas, vou falar sobre o Pneumococo, agente que essas vacinas previnem.

Bora lá?

1) O que é Pneumococo?

O pneumococo é uma bactéria. Seu nome científico é Streptococcus pneumoniae.

Existem mais de 90 tipos de Pneumococo, no entanto, alguns deles são os mais relevantes para causar doença invasiva em crianças.

2) Que doenças ele pode causar?

O Pneumococo é um dos principais agentes que causa otites, sinusites, bacteremia, sepse e meningites nas crianças.

3) Quais são os fatores de risco para infecção pelo Pneumococo?

Ele é transmitido por gotículas, geralmente, ou por contato direto por superfícies contaminadas.

Dentre os fatores de risco, destaco:

– Desmame precoce (antes dos 6 meses)

– Tabagismo passivo

– Frequentar escola ou creche (menores de 2 anos principalmente) e/ou bebês que tenham irmãos que frequentam escola/creche.

4) Ele é um agente resistente a antibióticos?

Depende!

O PRINCIPAL:

“Uso recorrente de antibióticos (por isso a importância de utilizar apenas com indicação correta e pelo tempo correto)”.

Geralmente, o Pneumococo é sensível a grande parte dos antibióticos como Penicilinas (Amoxicilina).

Alternativamente, para pessoas alérgicas, pode ser utilizado macrolídeos (Claritromicina, Azitromicina ou Eritromicina).

No entanto, para crianças com infecções recorrentes e uso de Penicilinas em menos de 30 dias e/ou que não utilizaram o antibiótico pelo tempo correto pode haver a seleção de bactérias resistentes ou parcialmente resistentes.

Nesses casos, há indicação de doses mais altas da classe de Penicilinas ou grupos de antibióticos mais potentes.

5) Pneumo 10v: quem fornece, qual a proteção, quantas doses meu filho deve receber?

A Pneumo 10V é fornecida pelo SUS gratuitamente.

Ela confere uma proteção de cerca de 70% contra doenças invasivas graves pelo Pneumococo.

Geralmente ela é feita com: 4 meses e 6 meses. Reforço após 1 ano de idade.

6) Pneumo 13v: quem fornece, qual a proteção e quantas doses meu filho deve receber?

A Pneumo 13V costuma ser encontrada em clínicas privadas, eventualmente, em UBSs.

Ela confere uma proteção de cerca de 90% contra doenças invasivas graves pelo Pneumococo.

MUITO IMPORTANTE: ELA CONFERE PROTEÇÃO CONTRA OS TIPOS 3 e 19A do Pneumoco. Que são os principais tipos que causam doenças invasivas graves no Brasil e no Mundo!”

* Posologia:

Nas crianças com menos de 6 meses:

3 doses: 2-4-6 meses

Após 1 ano (12-15 meses): 1 dose de reforço.

Nas crianças de 7 meses a 1 ano:

2 doses: com intervalo de 2 meses

Apos 1 ano (12-15 meses): 1 dose de reforço.

Nas crianças entre 1-2 anos:

2 doses com intervalo de 2 meses

Criancas entre 2-5 anos:

Apenas uma dose

MUITO IMPORTANTE: ELA CONFERE PROTEÇÃO CONTRA O TIPO 3 e 19A do Pneumoco. Que são os principais tipos que causam doenças invasivas graves no Brasil e no Mundo!”

7) A nova vacina Pneumo 15V: quem fornece, qual a proteção e quantas doses meu filho deve receber?

Fornecida por clínicas privadas.

Ela confere 1% a mais de proteção do que a Pneumo 13v.

E principalmente: continua protegendo contra os tipos 3 e 19A de Pneumoco.

Seu esquema posológico (doses) é o mesmo da Pneumo 13V acima.

8) Posso intercambiar, ou seja, mudar de uma vacina para outra? Pode-se contabilizar as doses anteriores já administradas?

Se o esquema vacinal foi iniciado com Pneumo 10V a resposta é sim!

Deve-se desconsiderar as doses anteriores e iniciar o esquema com Pneumo 13V ou Pneumo 15 “do zero”. Como se nenhuma vacina tivesse sido feita.

Entretanto, se foi iniciado o esquema vacinal com Pneumo 13V pode-se intercambiar para a vacina Pneumo 15V sem problemas.

PERGUNTA BÔNUS:

* Ouvi falar sobre a vacina Pneumo 23V. O que se sabe sobre ela?

A Pneumo 23V é uma vacina que não fornece imunidade duradoura.

Ela é indicada para pessoas com imunodeficiência e problemas respiratórios crônicos.

Encontrada no SUS nos CRIES (Centros de Referência) e em clínicas particulares.

Ela pode ser ofertada para crianças com mais de 2 anos e adultos com mais de 60 anos.

Uma segunda dose dela pode ser feita 5 anos após a primeira.

E por hoje é só!

Dúvidas ou sugestões?

Só deixar abaixo.

Até mais.

Dr Vinícius F. Z. Gonçalves- Pediatra e Neonatologista

CLÍNICA GONÇALVES- Deixe a nossa família cuidar da sua

Fontes:

1) Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)- Outubro 2023- https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacinas-pneumococicas-conjugadas